sábado, 8 de dezembro de 2012

Olhos chorosos, Fada Mari e Flor de Lis

Olhos chorosos estava ali, apenas s er uma estranha tentando se enturmar, se sentia desnorteada, olhava para a propria mao e nao via Flor de Lis ali entrelaçada. Quis morrer por um segundo. Lembrou de todos os momentos, como se fosse um trailler dentro de sua mente doentia. Lembrou de uma vez em que Flor de Lis se contorcia de tesão entre suas pernas, do formigamento mutuo, dos corpos suados, mas logo afastou os pensamentos carnais e lembrou de quando Flor de Lis teve medo na sala escura de cinema. Olhos chorosos sussurrou em seu ouvido: ''Meu querido, se sentir medo pode me abraçar, estarei sempre aqui pra voce''. Ou quando Flor de Lis estava no chão, sem ninguem ao redor, Olhos chorosos caminhou em sua direçao, deu um colo pra se deitar e afagou seus cabelos com ternura. Enfim, nao fazia mais sentido, Flor de Lis havia ido embora. Até que houve o momento em que Olhos chorosos viu Flor de Lis, bem ali, ao alcance da mao, o vento que bateu nela chegou a Olhos chorosos como uma doce brisa que até a fez sorrirat´r que a realidade chegou a seus ouvidos. Flor de Lis disse a alguem: ''fui deixada, estou sozinha'', como quem se insinua para um novo amante. Olhos chorosos nao estava mais ali, sentia que seu corpo fragil foi mergulhado na agua mais gelada, do oceano mais profundo. O oceano da perda. Sentiu que seu coraçao foi arrancado de seu peito. Nao havia mais vida ali, Flor de Lis desejava outro dono, Flor de Lis, aquela Flor de Lis, a sua Flor de Lis. Olhou para o lado, ameaçou cair, pernas bambearam, mas se manteve ali, estacada naquele chao de desgraça. Até que viu, sua antiga companheira, que serviu muito bem como consolo, Fada Mari havia voltado. Antes a ilusao do que a realidade. A casa trago uma pancada mais forte. Cada vez mais tragos, mais pancadas, mais dores, até que na ausencia da consciencia, nasceu um sorriso. Bem vinda de volta Fada Mari.

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