segunda-feira, 15 de abril de 2019

Parênteses

Eu fico pensando, tentando me convencer que nos planos futuros que fizemos se eu estiver na companhia de um bom livro poderei me encontrar melhor que no seu abraço, onde tantas vezes ja imaginei um mundo inteiro, um lar. Me sentindo mais uma vez na tentação de ouvir o telefone chamando e sua voz de sono me atendendo sem entender nada enquanto eu desabo do outro lado da linha, sem você nem sonhar o impacto que tudo sempre teve sobre mim, por sempre acreditar (erroneamente) que eu estaria sempre ali, incrível o tamanho da lealdade que eu pareço a outros olhos ter, como minhas palavras de um pra sempre todo mundo acredita. Um monte de questionamentos e eu tenho esse (terrível) hábito de justificar os outros coisas que ninguém liga em justificar, coisas que ficam ao relento, até que um dia fiquei eu mesma ao relento, na chuva, sozinha (na noite) sem ter certeza, sem saber se está com medo de ficar ou de ir, eu tenho ligado os pontos e parece que eu tenho visto tanto e ando tão cansada do que vejo, eu posso ate imaginar pelo que você passa, mas sinto isso me queimando, enquanto você se queima. Eu queria poder chegar na praia e respirar sem pensar em um porém, sem ter que meditar muito sobre o que fazer, nem ter que mentir ou sentir a mentira em você. E eu acho (inocentemente) que pensar que você está ensaiando me perder é me iludir, nao tenho certeza do que eu tenho que ser, nem do que esperar de você. Eu (claramente) consigo ver a praia e o sol a me queimar ao invés  de você e me da vontade de respirar, de mergulhar e esfriar a alma, e (apesar de tudo) eu tremo de pensar em não me afogar por la...